A inflação em alta deve levar Brasil e Estados Unidos a elevar suas taxas de juros nesta quarta-feira (15). As decisões se darão em meio a muito nervosismo nos mercados financeiros globais, que começaram a semana com grandes perdas.

 

Os investidores são influenciados principalmente pelo cenário dos EUA, que enfrentam a maior inflação em quatro décadas e tendem a fazer um aperto monetário mais forte que o esperado até pouco tempo atrás, o que acaba por tirar muitos dólares de países emergentes.

No Brasil, o mais provável, na avaliação do mercado, é que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reajuste a Selic dos atuais 12,75% para 13,25% ao ano. Nos EUA, o Comitê do Mercado Aberto Livre (FOMC, que tem função semelhante à do Copom aqui) tende a promover uma alta de até 0,75 ponto percentual na taxa básica, que hoje está no intervalo entre 0,75% e 1% ao ano. A principal dúvida é se, no Brasil, novas altas virão nas próximas reuniões. Para os americanos, isso é tido como certo.

O mau humor dos mercados – influenciados pela perspectiva de juros mais altos e até uma recessão nos EUA, em paralelo à percepção de maiores riscos fiscais no Brasil – fica expresso na taxa de câmbio brasileira. O dólar começou o mês cotado abaixo de R$ 4,80, mas acumulou altas desde então, fechando esta terça-feira (14) em R$ 5,13. A B3, a bolsa brasileira, acumula uma queda de 8,34% neste mês, caindo de 111.350 pontos em 31 de maio para 102.063 pontos nesta terça.

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